sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A elucidação dos fatos cotidianos me levam a refletir, o ponto exato que nos separa da loucura, o delírio retratado na arte, a esquizofrenia interpretado em artes cênicas, sabemos definir onde começa e onde termina a loucura?
Ou simplesmente tachamos de louco aquilo que não é habitual. Seriamos loucos reprimidos ou fantoches de um mundo globalizado, onde senhores capitalistas, banqueiros, donos de redes de comunicação em massa ditam as regras, teoria da conspiração ou apenas insensatez?
Nas horas corridas de um dia a dia agitado não se tem o tempo de ouvir os próprios rumores interiores, não se pode ouvir a voz do seu eu.
Mas na calmaria de um dia de folga ouvindo apenas os pássaros a cantar, os ouvidos parecem estar mais aguçados para ouvir o eu,posso sentir meus questionamentos como quase em voz viva, posso dar atenção as pequenas coisas corriqueiras da vida,posso me interagir mais com a minha natureza, posso deixar fluir minha imaginação, dedilhando no teclado as vozes do meu pensamento.
Assim sem o exato nexo e tom faço desse texto uma reflexão da loucura, que todos pensam que conhecem e a chamaram assim por decisão de terceiros, o comportamento foi definido e decretado antes mesmo de minha existência e por isso brigar com ele seria em vão.
As pessoas não compreenderiam ou simplesmente não se permitiriam analisar outra forma de comportamento avesso ao tradicional,a loucura tem sua sabedoria.

Balada Do Louco

Os Mutantes

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Se eles têm três carros, eu posso voar

Se eles rezam muito, eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz

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