terça-feira, 13 de novembro de 2012

A chuva cai lá fora.

A chuva cai lá fora, acendo outro cigarro e disfarço o medo da realidade. Bobagem! Que medo?
A chuva cai lá fora e na verdade nem fumo, meu tempo se vai, acaba, passa feito cronômetro, o tempo está passando traga me um bom uísque!
A chuva cai lá fora e sinto a nostalgia de tudo que não vivi, enquanto fantasio e abuso da imaginação.
A chuva cai lá fora não existe garçom e nem a quem pedir um uísque, nem tenho ou bebo, a pressão que me sufoca alivio com cachaça.
A chuva cai lá fora e a garganta arde com a dose de aguardente, abuso de minha mente atordoada pelo álcool.
A chuva cai lá fora e apenas me resta palavras e palavras, mas parece que perdi o ponto, na verdade o início, meio e fim, a chuva continua.
A chuva cai lá fora e recolhido aqui com silêncio perturbador, sobra o canto de pássaros que se abrigam em meu telhado, não foram convidados e nem pagam aluguel, ao contrário me perturbam com seu canto desafinado.
A chuva persiste fazendo seu papel e me pergunto qual o meu?
A chuva cai lá fora e emudeço esperando um sussurro interior que me traga a resposta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário